Enfim,
esse ano é a despedida da segunda década da minha vida. Ano que
vem, em abril, serei uma balzaca, hehehe. Tenho que confessar que a
aproximação dessas idades redondas, 20, 30, mexem bastante comigo,
talvez, mais uma vez, por pura convenção social. Porém, como já
conclui, assim como no inferno astral, não é o que causa o
sentimento que importa e sim o simples fato de sentir e saber o que
fazer com o sentimento, ufa!
No meu
pré-aniversário desse ano, consegui entender um pouco essa
inquietação. O que me assusta, não é o fato de estar
envelhecendo, mas a agonia de ver o tempo passando cada vez mais
rápido e não ter tempo de colocar projetos e metas, muitas vezes
simples e bobas, em prática. Muitos, mais velhos, principalmente,
vão dizer: Que absurdo! Tão nova e já com essas preocupações...
Não é questão de idade, é questão de postura diante da vida. Nós
somos tão cobrados socialmente a dar certo, a ser bem sucedido em
todas as esferas da vida, que, às vezes, esquecemos o sentido
disso tudo.
Temos
apenas duas verdades absolutas nesse mundo: o tempo não pára -
alguns estacionam, mas o tempo continua a correr - e a vida acaba
para todos, cedo ou tarde. Logo, temos que aproveitar tudo que
podemos agora, não podemos fazer metas de ser feliz quando arranjar
um emprego melhor, ou quando estiver mais tranquilo no trabalho. Não
digo aqui, que não temos que nos esforçar ao máximo para alcançar
nossos objetivos e até fazer alguns sacrifícios, mas que até os sacrifícios sejam feitos com felicidade, porque é só para isso que
vivemos, para sermos felizes!!!
Voltando
às minhas reflexões pré-aniversário, essa última década foi
decisiva na minha vida. Foi nela que escolhi minha profissão,
conheci meu grande companheiro, conquistei um bom emprego, alcancei
minha liberdade finaceira, ganhei uma princesa linda para cuidar,
enfim, quase tudo do que eu tenho e sou hoje foi definido nesta
última década. Me despeço dela muito feliz e satisfeita com as
conquistas que ela protagonizou e estou preparada para receber o que
a minha década de 30 me reserva. Entretanto, há duas características
desta década que eu não gostaria de abandonar:
1 - A
energia dos 20 anos, nunca produzi tanto em tão pouco tempo. Fiz
coisas que hoje paro para pensar e não acredito que dei conta.
2 - A
paixão. Como aos 20 somos meio do caminho de adolescente e adulto,
nos permitimos nos apaixonar mais por ideias, pessoas... Gostaria de
guardar um pouco dessa paixão para conservar a garra e a intensidade
na vida.
Agora sabe o que eu mais gosto em envelhecer? Sim, envelhecer tem muita
coisa boa. A primeira é a leveza. É uma maravilha como, com o
passar dos anos, bobagens consideradas tão importantes ganham o
lugar delas: apenas bobagens. A outra é a segurança de saber que só
o que importa é o que é importante para mim e que não há nada
melhor do que ter a consciência tranquila por não desrespeitar meus
ideais.
Então, a
meta desse ano e todos os próximos é acreditar mais em mim, ser
feliz, não me desrespeitar e curtir muito a vida, que é só essa
aqui mesmo (eu acho).
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